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45 minutos entre o meio e a direita, com muito fôlego: Everton Ribeiro em ação no Fla

Everton Ribeiro Flamengo Barra da Tijuca 2017

Everton Ribeiro Flamengo Barra da Tijuca 2017

14 minutos do segundo tempo do jogo-treino contra o Barra da Tijuca, no campo 5 do Ninho do Urubu. Everton Ribeiro recebe bola na direita, arrisca o cruzamento para a área e o goleiro consegue pegar a bola. Tenta ligar rapidamente o contra-ataque, com as mãos, pelo meio. Everton Ribeiro já está lá. Intercepta o lançamento, avança com a bola, dribla um e chuta da entrada da grande área. A defesa prensa a finalização. Mas é um tira-gosto bem claro para a torcida rubro-negra: o camisa 7 está pronto.

Foram 45 minutos em campo de uma atividade dividida em três partes de 30 minutos. A formação inicial indicava um 4-2-3-1, com Rhodolfo ao lado de Vaz na zaga, Pará e Renê nas laterais, Romulo e Ronaldo, este com liberdade para aproximação pela direita, como volantes. Everton Ribeiro pela direita, onde era esperado. Conca ao meio, Ederson na esquerda e Leandro Damião à frente. Um time ofensivo e que trabalhou muito mais o passe do que lançamentos à área, como tem feito com frequência a equipe principal. Ao se defender, a equipe se fechava em um 4-4-2, com Ederson e Damião mais adiantados.

Início: Everton na direita, Conca no meio

Claro, há de se destacar a fragilidade do Barra da Tijuca, mas Everton Ribeiro esteve bem. Atento, acompanhou as subidas do time adversário e fez o que se esperava no ataque: entrou na área, procurando mais o meio, o espaço para o chute a gol – característica inexistente antes de Vinicius Junior, ainda um garoto de 16 anos, sempre bom lembrar. Ao cair pelo meio, Everton dava todo o espaço pela direita para as subidas de Pará, com Ronaldo vigiando as costas. Por ali, duas boas jogadas do novo camisa 7. Em uma delas, rabiscou dois adversários, entrou na área e tocou para Ederson, mas o goleiro se adiantou.

Com dois volantes de bom passe, a saída da equipe ficou mais facilitada. Romulo e Ronaldo alternavam os avanços ao ataque para encostar em Conca. Com o time mais solto, até o argentino mostrou estar bem melhor fisicamente do que no jogo-treino contra o Mesquita, há duas semanas. Correu mais, se apresentou para lances, melhorou o tempo de bola e voltou até o meio para receber passes de Romulo. Também mostrou categoria no primeiro gol do time, ao lançar Damião por cima da defesa. O atacante dominou e bateu cruzado, de perna esquerda, abrindo o placar de 1 a 0 no fim do primeiro tempo.

No segundo tempo: Everton solto

No segundo tempo, Zé Ricardo fez apenas uma mudança. Sacou Conca e colocou Matheus Sávio, que ocupou o lado esquerdo do campo. Ederson ficou próximo de Damião, atrás da linha que, além de Matheus Sávio, tinha Romulo, Ronaldo e Everton Ribeiro ainda pela direita. Com dois minutos, o meia tocou em Pará, que ultrapassava pela direita. O lateral cruzou, Ederson dividiu com a defesa e, na sobra, bateu para o gol. 2 a 0. Um bom funcionamento do jogador que traz esperanças aos torcedores.

A partir daí, Everton alternou com Ederson. O camisa 10 ia para direita, o 7 para o ataque em um 4-4-2. Everton Ribeiro ficou à vontade como um segundo atacante atrás de Leandro Damião. Flutuava pelos dois lados, não guardava posição. Movimentação esperada quando foi contratado e muito bem desempenhada pela boa condição física apresentada. Rhodolfo, a outra novidade, também mostrou não ter dificuldades quanto à questão física. E teve até boa recuperação em um contra-ataque do Barra da Tijuca, quando interceptou um chute na entrada da área com um carrinho. Com 15 minutos da segunda etapa, Zé tirou a maior parte do time de campo e colocou garotos em campo. Ao fim dos três tempos, o placar de 5 a 1. Felipe Vizeu, duas vezes, e Léo Duarte marcaram os outros gols rubro-negros. Sim, jogo é jogo e treino é treino. Mas com a abertura da janela internacional na quinta-feira, Zé Ricardo já deve pensar em escalar o meia – e até o zagueiro – contra a Chapecoense, na Ilha do Urubu, no mesmo dia.

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