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A paixão pelo futebol virtual, Oxford United, AFC Wimbledon e o modo carreira

O clássico virtual: Oxford United x AFC Wimbledon

Oxford United campeão da Liga Europa no Fifa 16: modo carreira na Quarta Divisão Inglesa se mostrou apaixonante

A relação com o futebol virtual é antiga. Vem lá do fim dos anos 80, início dos anos 90 com os poucos bits do Atari, passando depois por Fifa 94 e pela febre do International Superstar Soccer no saudoso Super Nintendo. Mais tarde embarcando no Winning Eleven no PlayStation 2. Nesse meio tempo, algumas aventuras no computador. Fifa 98 e seu futebol indoor eram incríveis. Deu para brincar assim com suas sequências até 2002. Pro Evolution Soccer pelos idos de 2003. Divertido. Montar equipes, buscar jogadores, conquistar campeonatos, entrar em fantasias bem ingênuas, mas com alto divertimento.

Mais velho, a brincadeira continuou. Houve disputa de campeonato interno na redação do LANCE! em meados dos anos 2000. Madrugada adentro, mais de dez televisões ligadas, disputas no mata-mata, provocações, pizzas. Nem lembro quem foi campeão, mas ainda ecoam as gargalhadas. Depois, comprei, com certo atraso, o PlayStation 3. Os amigos que já tinham o console tentavam me convencer a embarcar no Fifa 11. Era fantástico, diziam. De fato era. Mas assim que bati os olhos no PES 2011, preferi ficar daquele lado da trincheira. Parecia, para mim, uma simulação mais próxima do real, movimentos mais afinados. Mesmo com a febre Fifa. Resisti o quanto pude não por teimosia, mas por gosto. Até o PlayStation 4 chegar.

A partir daí, em plena Copa de 2014, o Fifa de fato subiu de patamar na nova geração de consoles, com realismo incrível. O PES abandonou suas características por estar atrás nas vendas e se perdeu. Foi a deixa para um grande amigo, Alexandre Cossenza, aquele do blog Saque e Voleio no UOL, tentar me levar de vez para o lado fifeiro da força. Apaixonado por tênis, ele escolheu comandar o AFC Wimbledon na Quarta Divisão do futebol inglês no modo carreira. Ficou encantado e tentou me convencer a fazer o mesmo. Escreveu até um texto no Esporte Final sobre as agruras na Quarta Divisão inglesa virtual. Os campos piorados, a falta de técnica dos jogadores, a dificuldade financeira. Fui, então, fisgado. Pensei no time. Cossenza, mais uma vez, entrou em campo e sugeriu: vai de Oxford, você não morou lá?

Tive um estalo. De fato, passei algum tempo na cidade inglesa, pela qual sou apaixonado, em 2006. Lembrava das camisas amarelas nas lojas, dos papos com alguns locais sobre o time da cidade. Então vamos lá, escolhi o Oxford United. E me apaixonei pelo jogo. Lógico, é divertido demais pegar o Barcelona com Messi e companhia, comandar o Real Madrid com Cristiano Ronaldo, gerenciar a Juventus. Mas ali, na dificuldade para subir de divisões, contratar jogadores, melhorar o time, é uma viagem enorme. Você, de fato, mergulha no jogo. Pena, mesmo, foi descobrir que o modo carreira do Fifa tem um limite de 15 temporadas. Valia mais. E passamos então, eu e Cossenza, a trocar informações sobres os times.

Dicas de contratações, jogos épicos, as dificuldades na campanha, como cada um avançava. Criou-se uma rivalidade fictícia entre Oxford United e AFC Wimbledon, passamos a acompanhar os times no mundo real. Cheguei, até, a comprar uma camisa pela loja virtual do clube. Uma saga que ainda contarei por aqui. Com tudo isso, achamos que valeria a pena contar as trajetórias dos dois clubes virtuais aqui no Chute Cruzado. Um pouquinho de fantasia, um embarque no mundo virtual para dois marmanjos que se divertem da mesma maneira como faziam há quase 30 anos. Se valia contabilizar os gols de dois bonequinhos virtuais em 1994 apelidados de Romário e Bebeto, no Super Soccer do Super Nintendo, ainda vale se divertir por aqui. Espero que gostem.

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