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A sangria segue: no Carioca, grandes têm prejuízo de 2 mi; Ferj lucra com taxas

Fluminense Maracanã Carioca 2019

(Divulgação / Fluminense)

Fluminense Maracanã Carioca 2019

(Divulgação / Fluminense)

Ano novo, Carioca velho. Finanças no vermelho. A uma rodada do fim da primeira fase da Taça Guanabara, já é possível constatar: o cenário apresentado nas últimas edições se repete e os quatro grandes clubes cariocas sangram nas finanças. Juntos, eles já somam exatos R$ 2.019.298,24 de prejuízo nas bilheterias nas quatro primeiras rodadas. Do outro lado, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a Ferj, segue a sorrir: apenas nos jogos dos grandes clubes ela arrecadou R$ 328.079,20 em forma de taxas cobradas a cada jogo.

Quem lidera a tabela da desgraça financeira no Carioca é o Fluminense. Até aqui, o clube tricolor disputou três de seus quatro jogos no Maracanã. Na era pós-Copa de 2014, o estádio parece mesmo ser inviável financeiramente. O Tricolor até agora soma R$ 872.040,41 de prejuízo nos quatro jogos do Estadual disputados apenas no mês de janeiro. Certamente um valor que bancaria ao menos dois ótimos jogadores na folha salarial do futebol.

Em seguida, o Botafogo assume a vice-liderança da corrida do prejuízo no Carioca. Das quatro rodadas, mandou três no estádio próprio, o Nilton Santos, também conhecido como Engenhão. Soma um prejuízo, de acordo com os borderôs divulgados pela Ferj, de R$ 726.793,46. Há quem argumente que o valor seria reduzido em R$ 320 mil, já que os borderôs contemplam custo de “aluguel do estádio”, que pertence ao próprio Botafogo. Ainda assim, o clube estaria em segundo lugar na balança vermelha do futebol carioca, com R$ 406 mil em prejuízo.

Em terceiro, o Flamengo. Ainda que tenha levado 94.967 pagantes a seus quatro jogos e enchido o Maracanã contra Bangu e Boavista, o Rubro-Negro teve um prejuízo de R$ 310.458,37. Nos descontos, o clube ainda é o único grande que requisita a realização de exame antidoping no campeonato. Diante disso, paga em torno de R$ 6.200 para ter os testes. Só diante do Boavista, o saldo negativo chegou a R$ 214 mil.

Também dono de estádio próprio, mas com estrutura mais simples em relação ao Engenhão, o Vasco é quem tem o sorriso amarelo na tabela da desgraça das finanças do Carioca. Teve prejuízo em todas as partidas, duas delas em São Januário, e acumulou R$ 110.006,00 no vermelho. A Ferj, como explicado acima, sorri com suas taxas de 10% da renda bruta, em média, a cada jogo. Tem R$ 328.079,20 apenas nos jogos dos grandes. Apenas nas quatro partidas que contou com o Flamengo em campo, ela recebeu R$ 225.582,70. O saco furado parece mesmo não ter fim.

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