Apenas com taxas, Ferj se aproxima de arrecadação do Botafogo em 2017

Engenhão na partida entre Botafogo e Olimpia: 28.601 pagantes e renda de R$ 1.390.210,00

Em mais uma partida pela Libertadores, o Botafogo viu a torcida encher o Estádio Nilton Santos, o Engenhão, na vitória de 1 a 0 diante do Olimpia. Prenúncio de caixa cheio? Nem tanto. Quem sorri, também, com os grandes públicos alvinegros na competição sul-americana é a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Apenas na partida desta quarta-feira, a entidade recebeu cerca de R$ 135 mil como forma da cobrança de taxa para a disputa da partida. No total, na temporada, a entidade lucrou em jogos do Botafogo como mandante quase o mesmo montante do clube.

Em 2017, o Glorioso teve cinco jogos com seu mando de campo, todos no Engenhão. O lucro alcançado com a soma destes jogos é de exatos R$ 517.537,88. A Ferj, apenas com taxas, embolsou R$ 421.138,50. O curioso é que os jogos que inflaram o montante arrecadado pela entidade foram os da Libertadores. Nos outros três jogos com mando do Botafogo, todos pelo Campeonato Carioca, o clube teve prejuízo em dois deles, enquanto a Ferj teve saldo azul com a cobrança das taxas. A única partida a dar lucro para o Botafogo no Estadual foi o clássico contra o Flamengo.

Na conta não está o jogo de estreia do Botafogo no Campeonato Carioca, contra o Bangu, em Moça Bonita. Mesmo visitante, no entanto, o Alvinegro teve prejuízo de R$ 17 mil na partida, enquanto a Federação embolsou pouco mais de R$ 3 mil. A chamada taxa Ferj é o valor de 10% da renda bruta cobrado pela entidade na realização de jogos de clubes cariocas. Mesmo em amistosos ou partidas longe do estado em competições como Brasileiro e Primeira Liga a taxa é cobrada. Cabe a Ferj autorizar a partida de clubes cariocas longe do Rio de Janeiro.