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Chute Cruzado é impedido de realizar cobertura da Sul-Americana no Maracanã

O site Chute Cruzado foi impedido de cobrir in loco a segunda partida da final da Copa Sul-Americana pela empresa detentora dos direitos de transmissão do torneio, o Fox Sports. O único credenciamento requisitado, do autor do site, Pedro Henrique Torre, foi negado sem justificativas.

O pedido de credenciamento foi realizado nas primeiras horas do dia 4 de dezembro, por meio do site indicado pela empresa, tão logo o processo foi iniciado. Uma semana depois, às 13h36 do dia 11 de dezembro, o Chute Cruzado recebeu um e-mail que informava a negativa ao credenciamento.

Foram realizados três contatos posteriores com o Fox Sports para esclarecimentos sobre os motivos do descabido veto. Duas vezes via e-mail e uma via Whatsapp, direcionado à assessora de produção dos canais Fox Sports, dita como uma das responsáveis pelo credenciamento. Não houve retorno em nenhuma das vezes. Nesta quarta-feira, o site solicitou a ajuda da Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro. A própria Acerj, porém, foi impedida de se movimentar pelas limitações impostas pelo Fox Sports.

É de se lamentar o fato de um veículo de comunicação tomar a iniciativa de cercear o livre exercício do ofício de outros profissionais. Tal atitude é, também, ilegal, em desacordo com o artigo 90 – F da Lei 9.615, de 24 de março de 1998, conhecida como Lei Pelé. Fato já ressaltado pela Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Aceb) neste link. O trecho da lei está abaixo reproduzido.

“Os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional, obrigando-se a ocupar locais a eles reservados pelas respectivas entidades de administração do desporto”.

Causou estranheza ao Chute Cruzado o veto ocorrer por parte de um veículo que indica ser pautado por total liberdade de exercício aos seus profissionais. Na final da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã, palco do jogo desta quarta-feira, teve três mil vagas destinadas a profissionais de imprensa. O problema não parece ser falta de espaço.

O Chute Cruzado repudia a atitude e roga à Acerj e à Aceb que medidas cabíveis sejam tomadas a fim de impedir tal descumprimento da lei e consequente cerceamento do livre exercício do ofício em eventos futuros. O prejuízo com procedimento inédito e ditatorial é de toda comunidade do jornalismo esportivo brasileiro.

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