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Croniquetas da Copa – dia 3: o peso de uma Copa do Mundo

Messi estreia Copa 2018

(FIFA.com)

Messi estreia Copa 2018

(FIFA.com)

Temos no futebol, quase que por instinto, a necessidade de crer em super herois. Sem capas, mas reais, de carne e osso, com alguns superpoderes disfarçados como dom divino que possibilitam a magia em torno de seu jogo. Acreditamos piamente que se o final não foi feliz simplesmente não é o fim. Estado constante de negação. Oras, se Messi ainda não ganhou uma Copa do Mundo, ainda não acabou. Um dia o camisa 10 argentino vai ter torneio mais nobre no futebol em sua galeria. Talvez num instinto de proteção inconsciente esquecemos o peso de uma Copa do Mundo. Ele existe. Inegável.

É o torneio que pode garantir a passagem definitiva ao Olimpo. O responsável por tirar o porém de uma biografia. Impacta. Messi, de novo, sentiu. Já traz consigo a necessidade de carregar uma seleção e, por consequência, um país carente de títulos. E parece entender que se um dia for parado na rua e confrontado com algo será pela falta de uma Copa do Mundo. A reação veio no jogo. Nem tanto pelo pênalti desperdiçado, cobrado nas mãos do goleiro islandês. Mas por um bico. O bico na bola ao apito final. Ali, raivoso como qualquer um de nós com um insucesso, Messi de novo desceu do Olimpo, como já acontecera na final da Copa América de 2016.

Irrita-se pois suas fichas parecem se esgotar. É sua quarta chance e, aos 31 anos, uma quinta é incerta. Por mais que tenha superpoderes. Por mais que seja Messi. É válido, então, utilizar a Copa do Mundo como alguma referência em avaliação de carreiras e patamares no futebol mundial. É o torneio que faz gênios perderem por segundos a capacidade que os possibilita serem tão fantásticos. Romário, em 94, perdeu um gol na pequena área na final. O próprio Messi, em 2014, chutou para fora uma chance que faria de olhos fechadas caso a camisa fosse azul e grená, em pleno Camp Nou. O fardo de uma Copa é pesado. Capaz de impedir que Messi não consiga ser o que é: genial.

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