A praticamente 15 dias da estreia na Libertares deste ano, o Flamengo luta para confirmar o estádio da Ilha do Governador como sede do time no torneio. O regulamento da competição indica que o clube tem até dez dias antes da estreia, ou seja, dia 28 de fevereiro, terça-feira de carnaval, para definir o local. O primeiro jogo será no dia 8 de março, contra o San Lorenzo. As obras seguem a pleno vapor, mas a diretoria ainda busca superar últimos entraves na finalização das obras para deixá-lo liberado. A prioridade é manter a estreia do clube no Rio.
De acordo com o artigo 9.1 do regulamento da Libertadores 2017, um clube deve definir o local, com aval da CBF, no qual mandará seus jogos no torneio em seu estádio ou em outro na mesma cidade de residência. Caso deseje mandar a partida em um local com mais de cem quilômetros de distância, deve ter a concordância da Conmebol e também do adversário, em um prazo máximo de dez dias de antecedência da data do jogo. Mas aí reside um problema.
Caso a Arena da Ilha ainda não esteja liberada e o Flamengo tenha de jogar fora do Rio, o artigo 9.2 do regulamento indica que, por motivos de força maior, o clube tem o direito de indicar um estádio fora de sua residência, formalizando o pedido até o momento da inscrição da equipe na Libertadores. A dificuldade, no entanto, é que esta outra cidade seria indicada como sede definitiva da equipe na competição. Para voltar a jogar no Rio caso a estreia seja fora de casa, em Brasília ou Juiz de Fora, por exemplo, o Flamengo teria de pedir autorização jogo a jogo à Conmebol e aos adversários, como descrito no artigo 9.1.
Sem a Arena da Ilha, o Flamengo teria duas opções para disputar a partida no Rio e tornar a cidade sua sede definitiva: o Estádio Nilton Santos, o Engenhão, ou São Januário. O problema é o relacionamento com os dois clubes administradores dos locais, Botafogo e Vasco. A Conmebol estipula que, na fase de grupos, os estádios devem ter uma capacidade mínima de dez mil torcedores. O Flamengo fechou acordo com a Portuguesa para utilizar o de maneira exclusiva o estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, por três anos. O investimento do clube na reforma do local para torná-lo sua casa gira entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. A capacidade estimada será de cerca de 20 mil torcedores.