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Na luta do cinza ao colorido, com velocidade e troca de passes, o Fla-Flu volta a valer taça

Fla-Flu Henrique Dourado Guerrero 2017

Fla-Flu decisivo

Fla-Flu Henrique Dourado Guerrero 2017

Artilheiros, Guerrero, seis gols, e Henrique Dourado, quatro gols, serão os comandantes de ataque deste domingo

Donos das melhores campanhas, dos melhores ataques e das melhores defesas. Impossível contestá-los no campo. Pouco mais de 13 anos depois, Fluminense e Flamengo estarão frente a frente novamente em uma final de Taça Guanabara, neste domingo, às 16h, no Engenhão. Duelo recheado de história e agora especialmente marcado pela luta dos dois clubes pelo convívio de suas torcidas na arquibancada. Ainda que o regulamento não ajude – o campeão estará na semifinal do Carioca, um jogo único, mas sem vantagem – o clássico vale taça e volta olímpica. Um Fla-Flu que foi ameaçado pelo cinza, mas que decidiu manter seu colorido.

No sorteio, o Fluminense ganhou o direito de ser o mandante. Mas nem por isso os problemas deixaram de perturbar a cabeça do técnico Abel Braga. Um desfalque é garantido, do volante Douglas, expulso na semifinal diante do Madureira. Orejuela e Gustavo Scarpa, destaque da companhia, são dúvidas por conta de pancadas sofridas nos tornozelos. Entrar em campo sem três peças entre meio e ataque significaria desmanchar a estrutura montada por Abel que levou o Fluminense a marcar 14 gols em seis jogos, além de não ter a defesa vazada em nenhuma vez.

Fluminense escalação 2017

Flu com Pierre na vaga de Douglas

Inicialmente, o Tricolor forma um 4-2-3-1 em campo, mas que constantemente varia para o 4-1-4-1 com um ataque de movimentação e velocidade infernais, com Douglas, Wellington, Sornoza, Scarpa e Henrique Dourado. Sem Douglas para compor os quatro homens atrás do Ceifador, Abel pode optar por Pierre ao lado de Orejuela, com o equatoriano mais livre para avançar ao ataque. Seria boa opção se o próprio equatoriano também não fosse dúvida. Neste caso, Marquinho formaria o meio ao lado de Pierre para manter a ideia de 4-2-3-1 e, no ataque, trocar para o 4-1-4-1.

O problema reside, mesmo, na possibilidade de Abel não ter Scarpa. Camisa 10, mentor do time, o meia ocupa a faixa do lado direito do ataque, embora flutue com facilidade para o meio e para a esquerda. Jogar por ali e prender o ofensivo lateral-esquerdo rubro-negro, Trauco, seria grande arma para o Tricolor de Abel. Mas, sem Scarpa, a possível entrada de Richarlison deixaria a equipe até mais ofensiva, em tese, porém mais exposta e menos cerebral. A tendência, com Scarpa e Orejuela recuperados, é mesmo que Pierre seja o primeiro volante, sem modificar tanto a estrutura de 2017.

No lado oposto, Zé Ricardo não tem problema de suspensão, mas Mancuello, após deixar a semifinal contra o Vasco com problemas musculares, pode ser poupado. Há, no entanto, a dúvida real sobre quantos titulares irão a campo, já que a estreia do Flamengo na Libertadores acontecerá em três dias, diante do San Lorenzo, quarta-feira, no Maracanã. O técnico rubro-negro, no entanto, não indicou em entrevistas recentes poupar nenhum jogador apto fisicamente.

Escalação Flamengo 2017

Flamengo no tradicional 4-2-3-1

A tendência é manter a equipe no tradicional 4-2-3-1, com Diego centralizado, Everton pela esquerda, Guerrero à frente. Na direita, Mancuello, em caso de impossibilidade, pode ser substituído por Berrío. Neste caso, o colombiano, extremamente veloz, abriria a opção de Zé Ricardo adaptar o time a um 4-4-2, como ocorreu durante o transcorrer de alguns jogos na temporada. Berrío ao lado de Guerrero, com Everton jogando mais ao meio, junto de Diego, o que obrigaria Abel a fixar mais Orejuela, por exemplo, ao lado de Pierre, dificultando o 4-1-4-1 ofensivo do rival. O esquema tradicional de Zé Ricardo, no entanto, se caracteriza pela troca de passes, trabalho com os volantes Romulo e Willian Arão. Um jogo que levou o time a ter a melhor campanha do campeonato, com 100% de aproveitamento em seis jogos, 18 gols marcados e dois gols sofridos.

Além do duelo tático, o Fla-Flu que decide a Taça Guanabara terá a festa da arquibancada com torcida mista – 18 mil ingressos foram vendidos de forma antecipada. Fora de campo, os presidentes Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad trabalharam pela união. Venceram liminares, desconfianças e protestos alheios para promover o futebol. Em tempos em que a expressão Fla-Flu extrapolou o esporte e se tornou sinônimo de um duelo atroz de opiniões divergentes, os clubes se abraçaram na direção contrária. Fla completado pelo Flu. Flu completado pelo Fla. Unidos. Um colorido no Rio da Guanabara.

O árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Em 2017, apitou a vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Macaé, pela segunda rodada da Taça Guanabara. Não apitou jogo do Fluminense.

O estádio: No Nilton Santos, o popular Engenhão, Flamengo e Fluminense jogaram uma vez cada em 2017. Os rubro-negros venceram o Botafogo por 2 a 1, enquanto Tricolor derrotou o Vasco por 3 a 0. Na história foram oito Fla-Flus no estádio, com três empates, três vitórias do Flamengo e duas do Fluminense. O último ocorreu em 2012, pelo Brasileiro, vitória tricolor por 1 a 0, gol de Fred, de voleio.

A Taça Guanabara: O Fla-Flu decidiu a competição em sete oportunidades. Os rubro-negros venceram seis vezes (70, 72, 78, 84, 2001 e 2004). O Fluminense venceu o rival em 1966.

Os gols do Flamengo:

Os gols do Fluminense:

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