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O Carioca sangra: grandes têm prejuízo de R$ 2 mi enquanto Ferj lucra com taxas

Engenhão Botafogo 2018 Carioca

Engenhão Botafogo 2018 Carioca

Quase ao fim da Taça Guanabara, um simples olhar para os borderôs deixa claro que o Campeonato Carioca sangra em 2018 como em temporadas anteriores. O torneio continua altamente deficitário, por mais que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) tente amenizar o panorama incluindo nos borderôs as cotas de tvs recebidas pelos clubes. Juntos, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo acumularam um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões em seus jogos no Carioca.

Para ser exato, R$ 2.006.889,75. Entre todos os jogos disputados, apenas o Flamengo conseguiu escapar ileso do prejuízo em uma partida. Mas por um motivo especial: na partida contra o Nova Iguaçu, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, o clube teve cota garantida de R$ 250 mil ao negociar o confronto com uma empresa. Mas nem isso livrou o finalista da Taça Guanabara do número vermelho no saldo: em seus seis jogos, o Flamengo teve prejuízo em cinco. E amarga quase R$ 367 mil negativos. Paga para jogar.

A situação do finalista da Taça Guanabara é replicada em seus rivais. Até ampliada, na verdade. Semifinalista do primeiro turno, o Botafogo teve prejuízo em todos seis jogos que disputou no Campeonato Carioca. Chegou a um total de quase R$ 810 mil no vermelho. Os jogos mais deficitários foram no Estádio Nilton Santos, o Engenhão. Em três partidas no estádio, o prejuízo foi de R$ 603 mil. Ou seja, 74% do total.

Também com estádio próprio, o Vasco caminhou na direação do prejuízo, como o Botafogo. Ainda que tenha jogado duas partidas com portões fechados, o prejuízo no total foi de R$ 419 mil em cinco jogos. O maior deles, no confronto com o Flamengo fora de seus domínios, no Maracanã: R$ 228 mil no vermelho para disputar o clássico da Taça Guanabara.

O Fluminense adotou estratégia de economia. Depois de ter R$ 145 mil de prejuízo no clássico contra o Botafogo no Maracança, o Tricolor rumou para Los Larios ao enfrentar clubes de menor expressão. Nem por isso foi salvo da degola financeira que assola o Campeonato Carioca: nos cinco jogos do campeonato, o Tricolor teve prejuízo de quase R$ 411 mil.

Enquanto isso, taxas da Ferj seguem no lucro

Se por um lado o Campeonato Carioca segue deficitário em bilheteria para os clubes, a Ferj mais uma vez não tem muito do que reclamar de suas finanças. Em 19 partidas envolvendo os grandes, incluídos aí três clássicos, a entidade abocanhou R$ 224 mil ao arrecadar quase 10% da renda bruta de cada partida.

Apenas nos dois primeiros jogos do Vasco na competição, contra Bangu e Nova Iguaçu, com portões fechados, a Ferj não cobrou a sua taxa. Mas apenas em jogos do clube cruzmaltino foram R$ 58 mil em forma de taxas. O Fluminense correspondeu com R$ 27 mil em taxas durante seus jogos. O Botafogo, com R$ 69 mil. E o Flamengo foi o maior contribuinte neste quesito: R$ 163 mil em seis jogos.

O saldo de bilheteria do Carioca até agora

Ferj (taxas): R$ 224.726,80
Flamengo: – R$ 366.943,83
Fluminense: – R$ 410.860,96
Vasco: – R$ 419.224,60
Botafogo: – R$ 809.860,36

  • Eduardo de Freitas

    Ou seja só a FFERJ Lucrou. Com todo os respeito, mas já passou da hora dos clubes grandes darem um pé na bunda do estadual, além de deficitário e enfadonho a qualidade técnica e a competitividade deixam muito a desejar, parece uma pré-temporada longa demais e que só serve para atrapalhar ainda mais o calendário dos clubes. Infelizmente esse tipo de coisa é bancado pelos dirigentes. Sou a favor de uma reformulação dos estaduais visando os clubes pequenos, hoje eu me pergunto qual é o objetivo deles? Já que não lucram, não vencem e não tem visibilidade; imaginem um América ou um Bangu levantando a taça do estadual novamente, seria muito bom para esses clubes conseguirem novos torcedores, conseguir visibilidade e ganhar mais dinheiro; para isso na minha opinião eu acho que os clubes grandes só poderiam inscrever jogadores sub-23 ou que estão se recondicionando e se readaptando. (como um jogador de time B); mas para isso a verdadeira Dona do futebol no Brasil (Globo) deveria colaborar e os clubes não se submeterem a certas atrocidades da Globo e da CBF. Enfim é só uma sugestão.