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O eternizar da Era Messi

Messi camisa Santiago Bernabeu Barcelona

Messi camisa Santiago Bernabeu Barcelona

São brevíssimos segundos para eternizar a imagem na História. Oito, no máximo. Santiago Bernabéu lotado. Os jogadores do Barcelona, ainda em êxtase com o gol, já retornam para o centro do gramado. O jogo deveria ser retomado para seus últimos suspiros. Mas o mundo para. Lionel Messi suspende o fôlego de todos. A camisa está em suas mãos. Foi tirada diante de uma explosão. Ele se vira para a torcida do Real Madrid e a ergue. Lá está o número 10. Às costas, o nome de uma era. A Era Messi. A icônica imagem do gênio está forjada. Eternizada.

Parece estar sozinho. Nada. O mundo o acompanha através de fotos e vídeos de milhares de câmeras. Registros de um momento que nunca mais vai chegar ao fim. Assim como dribles, gols fantásticos, conquistas. Tudo fará parte do currículo de Messi e de sua galeria na História daqui a alguns anos. Por enquanto, agradecemos, ainda é presente. O reinado no mundo da bola há dez anos pertence ao argentino de Rosario que fez da Catalunha a capital de seu império. Aos 29 anos, eleito cinco vezes o melhor do mundo, passou a encontrar questionamentos durante a temporada. Diziam, já dava sinais de que passaria o bastão do protagonismo ao moleque abusado da camisa 11 ao seu lado. Calma lá, garoto.

Messi recolocou tudo em seu lugar no Santiago Bernabéu. Quieto, com o olhar para o horizonte, parece estar alheio. Mas gênios dominam o seu redor. Até de olhos fechados. Sabem que têm um encontro épico marcado para a próxima esquina da História. De toque em toque na pelota com a perna esquerda. Valeu tudo. O corte seco em Carvajal e o chute manso no contrapé de Navas. O tirar do sério do capitão Sergio Ramos que resultou em um carrinho e um cartão vermelho.

Aos 92 minutos, ele já sabe o que vai acontecer. Só ele. A corridinha é marota. Parece um garoto em plena diversão. Alba rola para trás. Messi, Messi. Sozinho. O tapa tradicional de canhota à direita do goleiro. 3 a 2 sobre o Real Madrid. Seu gol 500 pelo Barcelona. A camisa está estendida. Sem falar nada, Messi disse tudo. Forjou uma obra de arte. Em pé, braços estendidos, camisa erguida. Eternizado. Estátua, pôster, pintura, tatuagem. Tudo será motivo para reproduzir o momento. Sim, o protagonista ainda é ele. Que está lá, icônico. O símbolo da Era Messi.

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