A paixão pelo futebol virtual, Oxford United, AFC Wimbledon e o modo carreira
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O início da relação com o Oxford United: da Quarta Divisão à elite

Oxford United campeão da FA no Fifa 15

No primeiro texto sobre futebol virtual, expliquei como embarquei na aventura de ser manager de um clube da Quarta Divisão inglesa no Fifa. Morei na cidade por algum tempo, já tinha alguma simpatia portanto. Mas nem eu e nem o Alexandre Cossenza, autor da ideia que eu comandasse o Oxford United, imaginaríamos que a aventura iria tão longe. Passou a ser rotina jogar com o Oxford United nas edições anuais do Fifa. E a simpatia pelo clube cresceu a ponto de buscar informações sobre ele no mundo real e até mesmo comprar uma camisa do time inglês.

Tyrone Barnett, artilheiro inicial

O maior atrativo, creio, é justamente levar o time da Quarta Divisão ao estrelato da Premier League e consequentemente chegar à Champions. Mas olha, disputar a Football League 2 é dureza até no mundo virtual. No Fifa 15, lá em 2014, o estado era de penúria. Jogadores limitadíssimos tecnicamente, finanças combalidas. Reforçar o time praticamente apenas no empréstimo ou no escambo. A primeira ideia foi disputar um amistoso para peneirar a equipe. Às vezes um jogador com overall bom – 65 na Quarta Divisão já é bem interessante – não encaixa no seu esquema de jogo ou preferência de estilo. O jeito, então, é fazer caixa. O meia-atacante Callum O’dowda foi o primeiro a ser negociado. Rendeu cerca de 900 mil libras. Uma fortuna.

Transformei a grana em empréstimos. E fiz a peneira interna. Alfie Potter, meia, foi alçado a ponta direita pela velocidade. Wes Burns, atacante emprestado pelo Bristol, foi transformado em segundo volante com a aceleração absurda. Tyrone Barnett, atacante de boa estatura e com faro de gol, virou a referência na frente. Mal sabia que os dois últimos seriam a base de uma caminhada até a Premier League. Cada um terá um texto exclusivo mais à frente. Na primeira temporada, subida com dificuldade, classificando para a Terceira Divisão apenas nos play-offs. O time era fraco. Mas foi encorpando ao longo das temporadas. Depois de três delas, enfim, o Oxford United chegou à Premier League. É divertido.

Burns, à essa altura, já era capitão e referência do time. Camisa 8. Danny Hylton, camisa 10 do Oxford no mundo real,, continuava lá. Barnett, 27, também. E aí a graça do Fifa 15: ele produzia muitos jogadores originais. Os jogadores livres, então, tinham muito potencial. O senegalês Seck chegou. Atacante, forte, habilidoso com a perna esquerda foi colocado como volante pelo lado esquerdo. Deu certo. Foi dele o gol da segunda FA Cup conquistada pelo Oxford, sobre o Chelsea. Os Blues, aliás, viraram fregueses. A primeira vitória sobre um grande, ainda na Terceira Divisão, foi sobre eles, também em uma FA Cup.

Mas, utilizando um termo moderninho, o Oxford United virtual só mudou mesmo de patamar com a contratação de Bekamenga, atacante camaronês de 23 anos. Craque, se tornou um dos melhores do jogo inteiro. A partir daí, o Oxford decolou. Abocanhou cinco Champions e seis Premier Leagues, todos sob a batuta de Bekamenga. Roubou o lugar de Barnett no ataque, mas capitaneou, ao lado de Burns, um timaço que seguiu até a aposentadoria forçada do manager, ao fim de 15 temporadas. Bekamenga e companhia seguiram. Mas isso é papo para outro texto.

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