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Oito mil dias e 22 títulos depois, o reencontro decisivo no novo Fla-Flu para a História

No seguir da História, os jornais e a internet dirão que foi em 7 de maio de 2017 que Flamengo e Fluminense decidiram pela primeira vez quem ficou com uma taça depois do épico embate de 95. Só por isso, o Fla-Flu deste domingo, às 16h, no Maracanã, já é, perdoem a redundância, histórico. Não há como precisar quando os rivais se encontrarão de novo para decidir um campeonato. Desta vez foram necessárias mais de duas décadas. Quase oito mil dias. 22 títulos de Flamengo e Fluminense juntos. Há que se desfrutar.

Provável Fla: Mancuello ou Romulo?

Por que o mundo da bola gira. E como girou. Do gol de barriga de Renato Gaúcho para cá, o Flamengo abocanhou nada menos do que 14 taças. Dez em Campeonatos Cariocas, duas da Copa do Brasil, uma na Mercosul e outra no Campeonato Brasileiro. Mas o futebol, irônico como é, faz o clube rubro-negro chegar à decisão deste domingo com o maior jejum desde…o primeiro título depois do Fla-Flu de 95. Há sede por conquistas no Ninho do Urubu. A última foi em um Carioca em 2014, com um gol em impedimento de Márcio Araújo sobre o Vasco. Como há 22 anos, o Flamengo precisa de um empate para levantar a taça. Mas vai brigar contra o Fluminense e contra o desgaste.

A sequência de decisões vem há 15 dias. Semifinal e primeiro jogo da final do Carioca. Dois jogos pela Libertadores. Não deu para tirar o pé. Zé Ricardo deverá manter a maior parte da equipe que respondeu muito bem no primeiro jogo da decisão e engoliu o rival, principalmente no primeiro tempo. Berrío e Everton nas pontas, prendendo Lucas e Léo, do Fluminense, enquanto Pará e Trauco vigiam Wellington e Richarlison. Uma defesa de seis homens que travou o rápido Tricolor, sem espaço para desenvolver seu jogo instintivo e de muita mobilidade. Travar a partida será interessante ao Rubro-Negro, que joga a favor do relógio. Se o Fla-Flu terminar como irá começar, empatado, a taça vai para o Ninho do Urubu.

Flu: mesmo time, movimentação diferente

A dúvida reside, mesmo, no meio de campo. Romulo, lesionado com apenas 17 minutos no primeiro jogo, está liberado para formar a linha atrás de Guerrero no 4-1-4-1. Mas Mancuello, que o substituiu no clássico, pode ser também opção para, além de controle, dar mais agressividade, em passe ou finalização, a um time que ainda ressente de Diego, ainda em recuperação do joelho direito operado. Dependerá da intenção de Zé Ricardo. Com a vantagem, não há motivo para buscar o ataque de forma tão feroz. Se o panorama do primeiro jogo se repetir, ainda melhor. Controle, troca de passes e Fluminense longe da bola. Abel Braga concorda e, por isso, sabe que terá de tirar um coelho da cartola.

Depois de 1995, o Fluminense levantou sete taças. Três delas com Abel, nos Cariocas de 2005 e 2012 e o Brasileiro no mesmo ano. Além disso, venceu o Carioca de 2002. Três conquistas. Com um elenco renovado, recheado de garotos que nem nascidos eram em 1995, Abel sabe que tudo saiu do rumo no primeiro Fla-Flu. Promete, com a mesma escalação, consertar o que foi feito. Para fugir das travas laterais, a opção pode ser jogar Wellington para dentro e alternar Richarlison com Henrique Dourado na grande área. No segundo tempo do Fla-Flu, um dos pontas no meio, no caso Wellington, ajudou o time a sair um pouco da marcação ferrenha do rival.

O problema será abrir espaços nos flancos para um contra-ataque em pura velocidade de Berrío ou Everton, por exemplo. A margem de erro ao Tricolor deverá ser mínima na decisão deste domingo. Não há tempo de recuperação para um novo vacilo. Sornoza, mais recuado, poderá fugir de como acabou espremido entre a defesa e o meio de campo rivais no primeiro jogo. Mas são, claro, possibilidades lógicas. Ocorre que o Fla-Flu não preza, jamais, pela lógica. É um clássico que conta um enredo particular. Promove vilões e herois, colocando-os na História. Assim como em 95, todos os ingressos foram esgotados dias antes. Às 16h deste domingo, os olhos do mundo da bola estarão, de novo, em mais um Fla-Flu decisivo. Sim, jornais e internet contarão sobre o embate neste 7 de maio de 2017. Vale desfrutar o 23o título dos rivais depois de 22 anos. O primeiro destes a ser disputado entre ambos.

O estádio: Maracanã.
O Flamengo disputou seis jogos no estádio. Conseguiu cinco vitórias e empatou uma vez em 2017. Já o Fluminense jogou quatro vezes. Venceu três e perdeu a última, há uma semana.

O árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães apitou o Fla-Flu da Taça Guanabara deste ano, que acabou com título tricolor na decisão por pênaltis. Além disso, apitou outros três jogos do Flamengo, contra Macaé, Volta Redonda e Vasco, na semifinal da Taça Rio. Não apitou mais jogos do Fluminense.

Os títulos da dupla Fla-Flu pós o confronto de 1995

Flamengo –
Carioca (96, 99, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2011, 2014)
Copa Mercosul (99)
Copa dos Campeões (2001)
Campeonato Brasileiro (2009)
Copa do Brasil (2006 e 2013)

Fluminense –
Carioca (2002, 2005, 2012)
Campeonato Brasileiro (2010 e 2012)
Copa do Brasil (2007)
Primeira Liga (2016)

Fla no Carioca:

Flu no Carioca:

 

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