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Fluminense é testado, trava, mas chega aos 51 gols no ano e supera barreira do Goiás

Fluminense Henrique gol Goiás Maracanã Copa do Brasil 2017

Henrique comemora o primeiro gol tricolor diante do Goiás no Maracanã

Fluminense Henrique gol Goiás Maracanã Copa do Brasil 2017

Henrique comemora o primeiro gol tricolor diante do Goiás no Maracanã

Pela primeira vez na temporada, o jovem e ofensivo Fluminense de Abel Braga teve dificuldades. Pela frente, um paredão verde, tentando defender a classificação encaminhada no Serra Dourada. Mas os garotos tricolores conseguiram superar a barreira. Demorou, mas o Fluminense venceu até com folga o Goiás, 3 a 0 no Maracanã, mostrando a vocação ofensiva de sempre. De quebra, teve um teste para encorpar um time que tem gosto pelo ataque, mas poucas vezes tinha encontrado dificuldades desta maneira em 2017.

Fluminense no primeiro tempo

Sem Henrique Dourado, lesionado, o técnico Abel Braga optou pelo novato Pedro em vez de lançar Richarlison no centro do ataque. Mexeu em apenas uma posição, em vez de duas. No 4-3-3, o Fluminense pisou no Maracanã desclassificado, mas com a bagagem de 48 gols marcados em 22 jogos na temporada. Precisava marcar um gol e não sofrer nenhum para avançar. Parecia tarefa fácil. Inicialmente em um 4-4-2, o Goiás fazia o 4-5-1 ao ser atacado e congestionava o meio, impedindo o livre passar de Sornoza e Douglas. O jeito, então, era tentar os lados. A opção mais fácil era o drible, diante do espaço também reduzido. Foi assim que surgiu a primeira chance tricolor.

Wellington apareceu pelo lado direito, rabiscou um, dois e caiu. Victor Bolt, na risca da grande área, o derrubara. Pênalti bem marcado e mal cobrado. Sornoza bateu à meia-altura e facilitou para Marcelo Rangel, que voou no canto direito e defendeu. A perda da penalidade reduziu o ímpeto do Fluminense de furar a retranca e passou a preocupar a torcida. Abel, esbaforido à beira do gramado, sentia junto com o time. O jogo rompedor, ofensivo era travado pelo Goiás com marcação dura e espaços encurtados. O time esmeraldino buscava o contra-ataque com Tiago Luis e Léo Gamalho, ambos lentos demais e facilmente desarmados. Na primeira etapa, Wellingon ainda perdeu chance incrível, na pequena área, após passe de calcanhar de Henrique. Pouco, muito pouco para quem somava tantos gols na temporada.

Fluminense no segundo tempo

No intervalo, Abel fez uma mudança para modificar o panorama ruim. Sacou Léo da lateral esquerda e colocou Marquinhos Calazans. Um time mais agudo, para tentar furar o bloqueio goiano com dribles e alçar bolas na área. Funcionou com apenas 12 minutos. Calazans no fundo, cruzamento no segundo pau, Henrique de cabeça. 1 a 0. Que se transformou em 2 a 0 minutos depois, em cruzamento de Douglas na cabeça de Nogueira. Nervos no lugar. Mas apenas os tricolores. Desgastado fisicamente, passou a dar espaços. O Fluminense avançou ainda mais e depois da expulsão de Tony, por um joelhada desleal em Wellington, tudo se acalmou.

Já na reta final, o camisa 11 invadiu a área e bateu forte, em cima do zagueiro. No rebote, Pedro anotou o 51o gol tricolor na temporada em 23 jogos. À essa altura, Douglas já tinha dado lugar ao Wendel no meio e logo Marcos Junior substituiu Richarlison. Wellington foi para a esquerda. Com seis garotos formados na base, o Fluminense fechou o jogo em 3 a 0 e avançou na Copa do Brasil. Houve dificuldade, o desempenho esteve abaixo do restante do ano. Mas valeu, mesmo, como teste. Com adversários mais gabaritados, o time de Abel deverá ser desafiado assim mais vezes.

FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 3X0 GOIÁS

Local: Maracanã
Data: 19 de abril de 2017
Horário: 21h45
Árbitro: Raphael Klaus (SP)
Público e renda: 17.946 pagantes / 20.062 presentes /
R$ 506.725, 00
Cartões Amarelos: Nogueira, Orejuela e Richarlison (FLU) e Fábio Sanches, Victor Bolt e Tiago Luis (GOI)
Cartão vermelho: Tony (GOI), aos 25 minutos do segundo tempo
Gols: Henrique (FLU), aos 12 minutos, Nogueira (FLU), aos 16 minutos, e Pedro (FLU), aos 36 minutos do segundo tempo

FLUMINENSE: Julio Cesar; Lucas, Henrique, Nogueira e Léo (Marquinhos Calazans / Intervalo); Orejuela, Douglas (Wendel, 30’/2T) e Sornoza; Wellington, Pedro e Richarlison (Marcos Junior, 39’/2T)
Técnico: Abel Braga

GOIÁS: Marcelo Rangel; Tony, Everton Sena, Fábio Sanches (David Duarte, 30’/2T) e Jefferson; Victor Bolt (Michel, 19’/2T), Léo Sena, Toró e Tiago Luis (Juan, 30’/2T); Aylon e Léo Gamalho
Técnico: Silvio Criciúma

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