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Rueda, o passageiro

Flamengo Rueda

Reinaldo Rueda desembarcou no Rio de Janeiro em 2017 em situação rara para técnicos brasileiros. Chegava ovacionado, talvez até sem justificativa para tanto. Tinha no Flamengo o vento a pleno favor. Resistências apenas do corporativismo de técnicos brasileiros, caso de Jair Ventura. Rueda contava com todas as ferramentas para gravar seu nome na história do clube. Preferiu ser apenas passageiro.

A novela até infantil de sua saída do Flamengo fez o personagem Rueda se apequenar. Era até ali, a olhos brasileiros, um senhor de cabelos brancos, mãos para trás do paletó, olhar compenetrado e extremamente solidário no episódio do acidente da Chapecoense em 2016. Um senhor que exalava dignidade. Não mais.

Rueda foi extremamente desrespeitoso não apenas com o Flamengo. Debochou da fé e do carinho depositados em sua chegada à Gávea em 2017. Ignorou quem fez campanha por sua chegada. A quem lhe abriu as portas e entendia que a reta final de 2017 seria um mero rito de passagem a um caminho melhor. Quase não houve críticas ao colombiano diante dos insucessos do Flamengo em 2018. Rueda poderia ser grande. Não poderá mais.

Ao negociar com a seleção chilena nos bastidores, o técnico mostrou que jamais considerou marcar seu nome na história rubro-negra. Não dimensionou a chance que teve. Não soube nem mesmo dar adeus. Tumultuou o ambiente. Considerava ser um mero capítulo em sua carreira. Na história rubro-negra, nem isso foi. Talvez daqui a 20 anos, com a chegada de um novo técnico estrangeiro à Gávea, alguém irá lembrar de colombiano apenas desta maneira. Reinaldo Rueda foi apenas um técnico passageiro.

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