Um jogo da Libertadores foi mais lucrativo para o Flamengo do que todos os sete disputados na Taça Guanabara. A comprovação veio no borderô da goleada de 4 a 0 sobre o San Lorenzo, em um Maracanã lotado com 60 mil pessoas. Mesmo com as despesas para reativar o estádio, o clube embolsou R$ 638 mil. No Campeonato Carioca, até agora, o saldo foi de R$ 447 mil.
Apesar da renda polpuda de quase R$ 3,7 milhões, a segunda maior da história do clube, o Flamengo teve gastos tão vultosos quanto para reabrir o Maracanã. O valor chegou a R$ 1,7 milhão. Outra grande despesa foi o chamado custo operacional do jogo, de R$ 425 mil. No total, as despesas chegaram a R$ 2,9 milhões. O saldo rubro-negro foi de R$ 750 mil, mas houve ainda uma penhora, no valor de R$ 112 mil. A diretoria rubro-negra considerou satisfatória.
“Mesmo com todos os desafios, em função do estado em que encontramos o Maracanã e o pouco tempo de preparação, a operação correu muito bem. As bilheterias suportaram o enorme número de troca de ingressos. Chegamos a bater o recorde do estádio, tirando Copa do Mundo e Olimpíadas, de números de acesso por minuto. Batemos 800 pessoas por minuto acessando o estádio”, disse o diretor de novos negócios do Flamengo, Marcelo Frazão.
Das 60.989 pessoas que estiveram no Maracanã, 4.059 se beneficiaram das leis de gratuidades e 2.878 assistiram ao jogo nas cadeiras cativas. E quem também sorriu com a Libertadores foi a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a Ferj. Em seu próprio campeonato, a entidade foi quem mais lucrou no primeiro turno nos jogos de todos os quatro grandes clubes, com cobrança de taxas de 10% da renda bruta. R$ 455 mil. Apenas na partida do Flamengo na competição sul-americana, R$ 362 mil entraram nos cofres da entidade, devido à cobrança da mesma taxa.